O varejo tem passado por transformações profundas por conta do avanço tecnológico e da mudança no comportamento dos consumidores.
A integração entre canais físicos e digitais deixou de ser um diferencial para se tornar uma necessidade estratégica. Ao mesmo tempo, novas gerações altamente conectadas e exigentes, redefinem as expectativas de compra, enquanto a demanda por entregas rápidas e personalizadas desafia as operações logísticas.
Nesse cenário, a logística no varejo desempenha um papel crucial: garantir que produtos estejam disponíveis no lugar certo, na hora certa e com a melhor experiência possível para o cliente.
Reunimos neste artigo tendências e insights do varejo que vão impactar o setor logístico, identificado em relatórios de gigantes como o Google e a Akeneo.
Boa leitura!
O varejo é um dos setores mais dinâmicos da economia, impulsionado por constantes inovações tecnológicas e mudanças nos hábitos de consumo.
Cada nova demanda do varejo gera impactos diretos na logística, exigindo operações mais ágeis, flexíveis e integradas. Veja agora os principais hábitos de consumo que vão moldar o mercado do varejo nos próximos anos:
Os consumidores de hoje transitam por plataformas digitais, físicas, virtuais e sociais, alternando perfeitamente entre navegação, pesquisa e compra. As pessoas vão descobrir novos produtos e serviços enquanto navegam por feeds de redes sociais, assistem a vídeos em streaming e jogam videogames.
A próxima fase do comércio será menos sobre as pessoas escolherem com qual canal se envolver e mais sobre o quão perto os varejistas podem chegar dos consumidores e dos lugares onde eles passam seu tempo — lugares onde a demanda, a descoberta, a escolha e o consumo acontecem.
Embora o e-commerce tenha prosperado durante a pandemia, 93% dos consumidores planejam alternar entre compras online e físicas. A interação humana com vendedores e a possibilidade de ver e tocar os produtos continuam a atrair clientes às lojas. Além disso, o movimento "compre local" está crescendo, impulsionado por preocupações ambientais e apoio a pequenos negócios.
Para competir com gigantes do varejo, como Amazon, as marcas devem construir e transmitir confiança por meio de autenticidade e transparência. Conteúdo gerado por usuários (UGC), como avaliações e fotos reais, é uma ferramenta valiosa para engajar clientes e transmitir autenticidade.
Consumidores exigem detalhes sobre ingredientes, práticas de produção e cadeias de suprimentos. Assim, sustentabilidade se tornou um requisito, e não mais uma tendência. Cerca de 60% dos millennials nos EUA estão dispostos a pagar mais por produtos sustentáveis. Além disso, os consumidores estão atentos ao greenwashing e exigem provas concretas de práticas ecológicas.
A fidelidade à marca ficará em segundo plano, pois os compradores vão dar preferência para empresas e produtos que se alinhem melhor com seus valores e necessidades pessoais.
Como agora a relação das pessoas com as marcas passou a ser mais flexível e pragmática, baseada em fatores como preço, experiência de compra e valor agregado, elas estão formando parcerias estratégicas com plataformas que oferecem conveniência e novos benefícios para conquistar a atenção e a preferência dos consumidores.
Por exemplo o surgimento de Super Apps, como os apps como Rappi e Grab que combinam uma variedade de serviços em uma única plataforma (entrega de alimentos, compras, transporte, etc.), e as marcas estão buscando se integrar a esses super apps para acessar um público maior e mais engajado
A inovação nas entregas também está transformando o mercado, com o crescimento de soluções como a entrega autônoma de última milha. Estima-se que o mercado de entrega autônoma atingirá US$ 90 bilhões até 2030. As marcas que se conectam a esses novos modelos de entrega ganham em agilidade e eficiência, o que pode aumentar a satisfação do cliente e fortalecer a relação de compra.
Cada vez mais as pessoas querem experiências personalizadas. Hoje, 73% das pessoas consumidoras esperam que as marcas entendam suas necessidades e expectativas. Nesse aspecto, a inteligência artificial está redefinindo o varejo ao criar experiências personalizadas, tanto online quanto offline ou ainda no backoffice.
Recomendações baseadas em hábitos de compra e displays interativos nas lojas ajudam as marcas a atender as preferências individuais, criando uma jornada de compra fluida e conectada. Além disso, softwares de logística alimentados por IA permitem que as empresas cumpram suas estratégias de personalização, garantindo eficiência logística, seja na última milha ou não.
O chamado “comércio social” está facilitando a forma como as pessoas compram – por que parar de rolar o feed para ir para um site se é possível comprar direto do feed do Tik Tok?
Com apenas um toque, um cliente está a caminho do checkout sem nunca sair do aplicativo, tornando mais fácil do que nunca passar da inspiração para a compra.
Inclusive, os apps tem se mostrado potenciais companheiros em compras físicas, dentro da loja. Em vez de vagar sem rumo pelos corredores procurando um item específico, uma verificação rápida no app pode revelar não apenas se o item está em estoque, mas também exatamente em qual corredor e prateleira eles podem encontrá-lo.
A Geração Z é quase 30% da população global total, e prevê-se que eles vão representar aproximadamente 27% da força de trabalho até 2025. Eles também são a primeira geração totalmente criada em um mundo digital, passando mais tempo online do que qualquer outro grupo.
Os consumidores da Geração Z e da geração Y têm duas vezes mais probabilidade do que os compradores mais velhos de afirmar que assistir a um vídeo online foi decisivo para fazer uma compra.
E um dado interessante é que, apesar de serem naturalmente online, 42% dos gastos dos Gen Z são em lojas físicas. Como resultado, os varejistas precisam criar experiências de compras omnicanal mais integradas, aproveitando o digital na loja para aprimorar a experiência, testando tecnologia de última geração, como vídeos compráveis, e obtendo feedback real do cliente.
Essas tendências refletem comportamentos latentes do mercado consumidor – ou seja, isso já está acontecendo agora. Portanto, para acompanhar essas transformações, as empresas precisam agir. Aqui estão as principais ações que vão garantir adaptação às novas demandas do setor:
As empresas precisam garantir que seus sistemas logísticos integrem de forma eficiente os canais online e físicos – o famoso omnichannel. Isso inclui adotar tecnologias como WMS (Warehouse Management System) e TMS (Transportation Management System) que permitam a visibilidade em tempo real dos estoques e a coordenação das operações entre as plataformas de vendas físicas e digitais, mas não apenas isso.
Também é importante ter visualização de toda a sua operação, inclusive das entregas em tempo real, tendo ainda um canal de comunicação eficiente dos analistas de transporte com os motoristas. Para isso, é fundamental contar com uma boa Torre de Controle.
Uma boa integração não só melhora a experiência do cliente, mas também otimiza os processos internos, permitindo que as empresas atendam a pedidos de qualquer canal de forma rápida e eficaz.
Hoje, as pessoas compram tanto no online como no presencial, o importante é ter o produto certo, no local certo e na hora certa. Assim, é imprescindível ter soluções avançadas que garantam essa disponibilidade, como um roteirizador de entregas inteligente.
A Pathfind oferece um software de roteirização de entregas alimentado por machine learning, que calcula as rotas mais rápidas e econômicas, levando em consideração variáveis como tráfego, restrições de horário e volume de pedidos. Esse sistema não só reduz os custos operacionais, mas também aumenta a satisfação do cliente ao garantir entregas mais ágeis e pontuais.
À medida que a preocupação com o meio ambiente cresce, as empresas precisam adotar práticas logísticas sustentáveis. Isso inclui o uso de veículos elétricos ou híbridos para o transporte de mercadorias, otimização das rotas de entrega para reduzir a emissão de CO2, e a escolha de embalagens recicláveis. Além disso, a transparência nas práticas ambientais da cadeia de suprimentos é cada vez mais exigida pelos consumidores, o que reforça a necessidade de práticas logísticas verdes em todas as etapas do processo.
A automação é uma tendência crescente no setor logístico. Desde a automação de armazéns com robôs para separação e embalagem de produtos até a implementação de sistemas avançados de rastreamento em tempo real, as empresas devem adotar tecnologias para aumentar a eficiência e reduzir custos operacionais. Além disso, o uso de blockchain para rastrear a cadeia de suprimentos e garantir transparência e segurança também se torna cada vez mais relevante, garantindo confiança no processo logístico.
As mudanças no comportamento do consumidor e as inovações tecnológicas estão moldando profundamente o setor de varejo, e a logística desempenha um papel central na adaptação das empresas a esse novo cenário. A integração entre canais físicos e digitais, a demanda por personalização e entregas rápidas, e a crescente preocupação com a sustentabilidade são apenas algumas das tendências que estão redefinindo as operações logísticas.
Para garantir a competitividade e a satisfação do cliente, as empresas devem investir em soluções logísticas mais ágeis, eficientes e sustentáveis. A adoção de tecnologias como roteirização inteligente, automação de processos e sistemas avançados de gerenciamento de transporte e estoque são fundamentais para otimizar a cadeia de suprimentos e atender às expectativas cada vez mais exigentes dos consumidores.
Não espere essas tendências ficarem obsoletas para agir. Quanto mais rápido seu negócio se adaptar a elas, maior será a competitividade da sua empresa. Entre em contato com nosso time de especialistas e descubra como elevar o grau de eficiência sua logística para outro nível.