Um dos maiores desafios que os empresários do e-commerce encontram atualmente não é vender, mas sim, entregar produtos de qualidade no menor prazo possível. Diante desta realidade, a estratégia de cross docking pode ser a melhor opção para garantir a satisfação dos clientes e os bons resultados do negócio.
Um levantamento feito pela Nielsen|Ebit mostrou que no ano passado o e-commerce brasileiro faturou R$ 262 bilhões. A cada dia os consumidores ficam mais exigentes, por isso empresas que entregam seus produtos de forma mais rápida saem na frente com um importante diferencial competitivo.
Em um mercado cada vez mais ágil, tecnológico e globalizado, as mudanças são rápidas e constantes. Para que uma operação logística seja bem sucedida, é preciso que o processo seja capaz de ajustar-se às práticas de just-in-time e apresentar o menor custo possível.
A rapidez na entrega se torna uma boa oportunidade para se tornar competitivo em um momento em que modos de pagamentos, preços e qualidade dos produtos são bem parecidos. Nesse ponto, o cross docking pode ser uma boa estratégia para impulsionar a empresa de forma competitiva perante a concorrência.
Neste artigo conheça o que é o cross docking, como implementá-lo, quais as vantagens, modelos e diferenças em relação ao modo de distribuição convencional.
Embora cross docking signifique literalmente “cruzando as docas”, podemos afirmar que o cross docking funciona como um lugar de "transferência" de produtos/mercadorias entre o ponto de recebimento e a expedição. Dessa maneira é possível economizar tempo, custos e até mesmo espaços físicos tradicionais.
Não há necessidade de se estocar material com esse modelo logístico, os produtos são descarregados dos caminhões em que chegam, e logo são transferidos para outros veículos que transportam a mercadoria a outros locais, podendo até mesmo levar diretamente para os consumidores finais.
Além da gestão do estoque e o consumo de combustível existem outros fatores que influenciam diretamente no custo logístico. Diminuir esses valores é um desafio do setor, e por isso novas tendências, modelos e estratégias têm feito a diferença no segmento.
Quando comparamos a distribuição tradicional com o modelo de cross docking fica mais evidente a vantagem da última forma, veja exemplo abaixo:
Nesse esquema simples e hipotético foi possível tirar três mediadores da cadeia de suprimentos, o que significa uma redução de custos relevantes.
A grande diferença entre o cross docking e os modelos tradicionais de distribuição se dá na dinâmica de seus processos, porque não há a necessidade de armazenar produtos.
Assim que uma venda é feita, a empresa solicita a compra para o fornecedor, que envia os produtos pedidos. Quando as mercadorias chegam no centro de distribuição (CD) da empresa, os processos internos são agilizados e facilitados porque não há armazenagem, os produtos já estão vendidos e tem destino certo.
O gestor logístico irá fazer a conferência na doca de entrada, verificando possíveis divergências, e a próxima etapa é a separação dos itens para cada pedido, dando a correta continuidade do fluxo.
Na gestão de armazenagem e redução de custos, é vital estar familiarizado com os cenários e os tipos de cross docking que podem ser adotados por perfil de mercadoria e tipo de operação.
Vamos ver agora os três modelos mais comuns de cross docking nas empresas:
Movimentação contínua: A mercadoria é recebida pelo fornecedor e despachada o mais rápido possível, preferencialmente, assim que chegue ao CD, evitando o acúmulo de itens armazenados;
Movimentação consolidada ou híbrida: Os produtos são recebidos e separados. Parte deles é enviada ao cliente final e outra parte pode ser remetida ao estoque a fim de se juntar com outras mercadorias que formarão pedidos completos.
Este tipo de movimentação permite que as empresas armazenem itens de alta rotatividade (a um custo menor), além de fornecer um processo de fluxo mais rápido para itens de baixa rotatividade.
Movimentação de distribuição: As mercadorias são recebidas e separadas para distribuição em cargas FTL (Full Truck Load) e destinadas aos consumidores. Comumente usado no setor business to business (B2B).
A redução de custos da cadeia logística é uma das principais vantagens, pois não há necessidade de local para armazenamento de produtos, apenas local para fornecedores e entregas. Podemos também listar outros benefícios:
Redução de lead time: Com o estoque trocado por um centro de distribuição, com o objetivo de ser mais eficiente e ágil, o consumidor recebe sua encomenda no menor tempo possível;
Menos capital de giro: Como os produtos só são pedidos quando o consumidor final pede, a empresa não precisa adquirir itens para vender depois, o que diminui a necessidade do capital de giro;
Facilita a gestão da cadeia de suprimentos: O gerenciamento da cadeia de suprimentos é simplificado e fácil ao eliminar quase completamente o processo de estoque. Sabendo que os procedimentos de inventário são intensivos em recursos (financeiros, esforços, tempo, etc.), eliminá-los permite maior flexibilidade e maior economia;
Controle aprimorado: A distribuição de mercadorias é bem feita com ferramentas que aumentam seu controle sobre cada etapa do processo. Desta forma, a velocidade de tomada de decisão será mais rápida e o conhecimento adquirido levará a mudanças decisivas;
Maior satisfação do cliente: O envio mais rápido do produto certamente deixará os clientes mais felizes, pois eles receberão seus produtos em menos tempo. Em um mercado competitivo, isso é fundamental para a sobrevivência dos negócios, principalmente para empresas que vendem online;
Redução do número de operações e movimentação de cargas: A queda no número de operações e movimentação de cargas decorre da eliminação de armazenagem e picking. Isso reduz o risco de danos ao produto e aumenta a produtividade;
Cadeia de suprimentos mais sustentável: A entrega de mercadorias com remessa expressa economiza energia. Como resultado, toda a supply chain será mais ecológica.
O primeiro passo na implementação do cross docking é avaliar seu processo. Isso vai desde todo o planejamento do processo até a definição das etapas necessárias, para que haja o entendimento do método na prática. É crucial coordenar e sincronizar esforços e ações de toda a cadeia de suprimentos.
Alguns pontos são fundamentais para que tudo funcione:
Conforme destacado, o cross docking funciona basicamente com base em uma integração dinâmica de processos e deve ser feita com habilidade. Se a ideia é melhorar as entregas e tornar a movimentação do produto mais ágil, então cada etapa do processo deve estar "redonda" e fornecer ciclos de operação contínuos, sem pausas, atrasos ou retomadas.
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